domingo, 22 de junho de 2008

IMPORTANCIA DE BEBER AGUA


Certo dia uma jovem, de idade inferior a 30 anos, foi atendida em um hospital de Brasília queixando-se de um quadro clínico bastante comum no quotidiano: crises fortes de cefaleia (dor de cabeça).
A mesma relatava já ter recorrido a vários profissionais da área médica, de inúmeras especialidades, de entre as quais destacou otorrinolaringologia, oftalmologia, neurologia, clínica médica e até endocrinologia, tendo sido submetida aos mais diversos tratamentos mediante a presunção de várias hipóteses diagnosticadas. Apesar disso, ainda que tantos cuidados fossem tomados, não tinha conseguido até aquele momento nenhuma melhora.

Ocorreu contudo que, durante a sua consulta, entre várias perguntas habituais, indagou-se sobre a quantidade de água que ela bebia por dia e com que periodicidade. A jovem respondeu que bebia pouquíssima água, porque não sentia sede, principalmente à noite. Terminada a consulta, foi assumida a conduta de suspender todos os medicamentos usados, orientando-a a tomar água adequadamente. Mesmo um tanto quanto descrente, ela voltou para casa disposta a empreender mais uma tentativa.

O tempo passou e, após apenas uma semana, ela voltou ao médico referindo que não sentia mais dores de cabeça, que o seu intestino funcionava melhor e que a sua disposição havia melhorado .... Milagre? Não. Bom senso, mudança e adequação de hábitos de vida. É amplamente conhecida a grande importância de uma ingestão adequada de água para a manutenção da saúde física do organismo, muito embora esse não seja um hábito mantido por grande parte das pessoas.

Todos os organismos vivos são compostos por 50% a 90% de água. O próprio corpo humano é constituído em 70% por água que, em constante movimento, hidrata, lubrifica, aquece, transporta nutrientes, elimina toxinas e intermedeia uma série de reacções químicas no corpo. Preconiza-se um número de 1 copo de 200ml de água por hora em que se estiver acordado.

Assim sendo, a ingestão de água deve ser independente da sede, constante e rigorosa. Cabe ainda ressaltar que não adianta deixar para tomar os 2 a 3 litros necessários diariamente de uma só vez, pois estudos mostram que o estômago capacita apenas 12ml/kg/hora, ou seja, um adulto não conseguirá tomar mais de um litro de uma só vez sem "passar mal". De entre os efeitos mais comuns da falta de hidratação adequada estão:

• A desvitalização dos cabelos;
• A descamação do couro cabeludo;
• Os distúrbios de concentração;
• Problemas com o sono e a memória;
• Menor disposição para realização das actividades diárias;
• Ressecamento dos olhos e tecidos das vias aéreas que, com baixa humidade, sofrem lesões com mais facilidade, tornando-se mais propensos a inflamações e infecções (conjuntivites, sinusites, bronquites, pneumonias);
• Lesões da pele com aparecimento de cravos e espinhas;
• Queda e enfraquecimento dos pêlos;
• Baixa produção de saliva;
• Distúrbio no aproveitamento adequado de vitaminas e sais minerais, com excesso em alguns lugares e falta em outros, levando a cãibras, dormências e perda de força muscular;
• Respiração dificultada, por vezes levando à falta de ar, sobretudo nos exercícios físicos;
• Obstipação e, por vezes, sangramento rectal, devido a fezes ressecadas e endurecidas;
• Impotência ou disfunções erécteis, nos homens;
• Sangramentos vaginais em mulheres.
Para saber se a quantidade de água consumida é a adequada, basta observar a cor da urina, que deve ser incolor. Quanto mais forte for essa coloração, menor é a ingestão de água que está a ser feita.

E mais uma curiosidade: há trabalhos científicos evidenciando que muitos tratamentos com medicações orais, sobretudo anticoncepcionais, terapia de reposição hormonal e anti-hipertensivos, não alcançam o devido sucesso em virtude da baixa ingestão de água por parte do paciente; isto deve-se tanto à má circulação da substância pelo corpo quanto à má absorção da mesma no intestino, processo este dependente da água como veículo de transporte.


Texto adaptado da matéria sobre o assunto, de autoria do médico Ícaro Alves Alcântara, publicada na Revista UNICEUB - Ano IV - Abril 2003.


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